sábado, 19 de maio de 2012

Relatório sobre o filme " O Núcleo"







   O filme "O núcleo" tem como objetivo expor o que aconteceria com o planeta Terra se o magma parasse de girar. Essa ficção científica evidencia, como algo essencial em nossas vidas, o eletromagnetismo e suas consequências, ou seja, a ordem natural de vários fenômenos, como a orientação do voo dos pássaros, a proteção contra a radiação solar e o funcionamento dos aparelhos eletrônicos. Nele podemos encontrar amplos assuntos relacionados à geografia, química, biologia e física (principalmente).





   Existe uma região do nosso planeta que nunca foi visitada por um ser humano. Ninguém jamais viu esse lugar, mas o que acontece lá afeta cada um de nós em todos os dias das nossas vidas. O núcleo externo se encontra a mais de 3.200.000 metros abaixo dos nossos pés.   
   A Terra é constituída de várias partes. A primeira é a Crosta, a parte mais superficial, é basicamente formada por granito e se estende numa distância entre 5 a 70 km; a segunda é o Manto, formado por minerais e tem uma profundidade entre 30 a 2900 km dependendo da localização; e a última é o Núcleo, que corresponde a 1/3 da massa da Terra e contém basicamente elementos metálicos (ferro e níquel). É dividido em núcleo interno (estabiliza o campo magnético gerado pelo líquido), e externo, sendo que os dois possuem um raio de 1250 km, e as temperaturas são altíssimas (5000°C).


  


   O campo eletromagnético é um campo invisível, composto por dois vetores campo: o campo elétrico e o campo magnético. Este pode vencer diversos obstáculos físicos, como gases, atmosfera, água e paredes.

   O longa-metragem nos mostra quão importante é o campo magnético, campo invisível de energia feito de eletricidade e magnetismo que nos protege da radiação cósmica terrestre, gerado pela grande quantidade de metais em estado liquido no núcleo externo terrestre.  

  A ficção explica que, se um dia esse líquido parasse de girar, o eletromagnetismo tornaria-se instável, efeitos devastadores começariam a aparecer, seres vivos que vivem por algum meio eletrônico, como pessoas com marca passo (que faz o coração bater) e aves que voam por um campo magnético, morreriam; aparelhos eletrônicos parariam de funcionar, descargas estáticas na atmosfera causariam tempestades e a proteção contra os raios solares acabaria. Isso porque todas as ondas magnéticas que vagam pelo espaço atravessariam a terra, atingindo todo tipo de sistema eletrônico ou artificial.

   O filme aposta em efeitos especiais, onde uma tempestade elétrica causada pela instabilidade eletromagnética destrói nada menos do que o Coliseu, em Roma. Na cidade de São Francisco, a estrutura de ferro da Ponte Golden Gate, começa a derreter e logo após mergulha no oceano, em seguida, uma nave espacial volta para terra e não encontra a posição de aterrissagem pois a crosta terrestre se deslocou e todos os países ficam fora da rota original.

   Os fenômenos magnéticos são conhecidos desde a Antiguidade. Naquela época já se utilizavam certas pedras que tinham a propriedade de atrair pedaços de ferro. Hoje sabemos que nosso planeta é um grande imã natural. Tal como a eletricidade, o magnetismo flui, emergindo perto do polo sul, circundando o planeta e flui de volta para dentro do planeta através do polo magnético norte. Ele cerca o planeta inteiro criando um casulo magnético vital que nos protege. 

   
Mudanças no campo magnético. Realidade ou apenas uma ficção?
   
   Esta história ultrapassou o meio da ficção e está se tornando realidade pois um grupo de geofísicos descobriram que o núcleo do planeta tem sua velocidade diminuída a cada 1 milhão de anos, girando mais devagar do que se acreditava, indica um arquivo da revista "Nature Geosciencie". Isto ocorre devido ao fluído externo se solidificar sobre a superfície do núcleo externo, afirma a pesquisa de Lauren Waszek, segundo ela a velocidade de rotação provém da evolução da estrutura hemisférica, e assim os hemisférios e a rotação são compatíveis.
   Para obter estes resultados, os cientistas utilizaram ondas sísmicas que cruzaram o núcleo interno, 5,2 mil quilômetros abaixo da superfície da Terra, e as compararam com o tempo de viagem das ondas refletidas na superfície do núcleo.

 

 Ilustração do Filme "O dia depois de amanhã".
Caso o núcleo parasse lentamente de girar, a noite mais longa causaria efeitos como este.



 Curiosidades